
O cachorro revela o que Freud e Jung buscaram nos sombrios porões de nossa alma.
Cachorro numa livraria indica que o dono não faz diferença entre um verso de Matsuo Bashô e um bife de contrafilé. E pode morder os dois.
Cachorro preso na entrada do supermercado e que ladra e salta inquieto revela um dono ganancioso lá dentro.
O amor do dono se vê pelo rabo que o cachorro abana. O ódio pelos dentes que mostra. E dono metido a besta, faz do cachorro outra besta.
Vestido de gente, o cachorro é o sinal de que seu dono teme o gênero humano e se afasta arrepiado (Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro).
No cachorro pequeno está o orgulho de ser grande. E no cachorro grande, o medo de ser pequeno.
E por aí vai o melhor amigo dos homens a puxar nossas almas vira-latas.
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