domingo, 22 de agosto de 2010

QUARENTENA DE SÃO MIGUEL ARCANJO - II



A minha segunda oração a São Miguel Arcanjo. Que seja a sua, também.
"São Miguel Arcanjo: Que eu volte a contar riqueza com pingos de chuva que caem de goteiras do telhado e batem como moedas de ouro em velhas bacias.
Que eu nunca tema o fogo da pobreza. E bendiga aquela lenha miúda em fogão de barro e mãe de fumaça.
Que eu ame todas essas mães feitas de fogo e água, que cozem, lavam e passam, pobres mães amassadas, que nunca levaram a vida em banho maria.
Que eu aceite como uma benção o chiado da chaleira e o cheiro de café de todas as manhãs. As manhãs tem cheiro de mãe. O café também.
Que aquela beleza divina continue a passar pelas faces de mães pobres. E que Deus limpe os rostos dos pais, sujos de terra ou carvão.
São Miguel Arcanjo: Que o dente de uma criança não doa mais à noite e que essa dor nunca mais passe às mães.
São Miguel Arcanjo: Que eu não adule para conquistar nem junte as mãos para pedir aos homens.
Que eu me lembre sempre do primeiro fruto que colhi com as próprias mãos.
Que eu entenda, enfim, que o poder supremo aparece em brilhos de areia, em trilhas de caracóis.
E que eu saiba que em porta com tranca Deus nunca bate."


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

QUARENTENA DE SÃO MIGUEL ARCANJO


A minha oração. Que seja a sua, também.

"São Miguel Arcanjo de minha liberdade:

Que eu viva cada dia sem nenhuma intenção.

Que eu tenha a coragem de ser um menino vazio de medos e esperanças, nem bom nem mau, vadio e só.

Que eu ande e ande pelos campos abertos e sinta, sob vossa proteção, que longe é mais longe e mais longe eu vá.

Que eu nada mais peça a Deus, porque quando se está a salvo, Deus também está.

Que eu percorra a Eternidade, que é toda a distância num tempo parado.

Misturado à névoa da tarde, que eu volte à casa onde sempre estive, sem medo do castigo dos falsos guardiães do imensurável.

Que eu não deixe meu medo encurtar o tempo e alargar distâncias para voltar a mim.

Que eu não seja mais um prisioneiro de meu egoismo, a medir todos os passos.

Que eu ande descalço e faça de meus pés a base do meu templo.

Que eu não me envergonhe de me contemplar num espelho barato de quermesse.

Que eu não procure meu reflexo no olhar dos poderosos nem deixe que suas mãos pousem sobre minha cabeça.

Que eu reconsidere as margaridas que nascem por si mesmas à beira dos caminhos."

(Do livro Sob as Sombras do Bem e do Mal, de Miguel Arcanjo Terra.)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

MUDANÇA DE ENDEREÇO

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