sábado, 23 de maio de 2009

alfaiate agenorzinho, mãos de tesoura

Agenorzinho era um artista dos ternos sob medida. Mas, não dava muita trela à freguesia. Era gago e enfezado. E quanto mais enfezado, mais gago ficava.
Certa tarde, o Zé Trincheira (José Monteiro Terra) entrou assim de repente na alfaiataria, sacou um 38 (sem balas) e gritou:
--- Que história é essa de você espalhar por aí que eu não pago meus ternos?
--- Eu??? Mas, eu nun... nun... ca... di...disse... na...nada!
--- De amigo da onça como você eu tapo a boca com bala!
--- Pe...pelo a..amor de...de... Deus, o que que é isso?
E Zé Trincheira puxou o gatilho.
Escondido, rente à parede, próximo da porta, Chico Terra, primo de Zé Trincheira, estourou no mesmo instante três bombinhas de São João. E Agenorzinho gritou aflito, com as mãos no peito:
--- Trin...Trincheira! Vo...você me ma...matou.
E caiu desmaiado.
(Os três eram grandes amigos)

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