
28.08.1940
10.03.2010
ANTONIO TERRA, O TONINHO,
SE TORNOU INVISÍVEL
Os olhos verdes, o sorriso tímido, o corpo de um Adonis, capaz de caminhar léguas de São Miguel a Iguape, andando com fé, que a fé não costuma falhar.
O Sim escancarado para a vida e o Não sempre escondido.
O sábio recato e mansidão de quem não cai nem perde a compostura depois da penúltima dose. E se cair, Deus levanta.
O amor declarado sem palavras, mas na ternura de um olhar.
O brio de vencer dores e desgostos quieto e sem lamentações.
Menino-homem, Homem-menino, Toninho acaba de se tornar invisível.
Talvez agora ele seja um vento manso que ondula os trigais.
Talvez uma réstia de luar que serena os namorados.
Talvez a chuva mansa que bate em humildes telhados e faz uma criança dormir.
Agora, invisível, Toninho é tudo o que sempre foi e nenhum de nós teve olhos para ver.
Talvez, um dia teremos e os sinos da Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo serão ouvidos bem longe.
Homenagem de seus irmãos Inês, Gracinha, Miguel, José Carlos, Luiz Carlos. Da mulher, Carmélia. Dos filhos Ricardo e Patrícia. E de todos os netos, cunhados e sobrinhos.
um abraço, miguel.
ResponderExcluire toda a minha emoção.
jairo
Nos últimos dias esteve mais amargo, que Camargo e a terra levou mais um Terra, mas av ida é assim. Nem sempre o que invisível é imperceptível. O silêncio é um barulho intenso no interior da gente que chega a dar medo de enfrentá-lo. Mas é nesse silêncio que a´rendemos a ser o que devemos ser, seres humanos. Que Deus o tenha entre os seus! Amém!
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