terça-feira, 24 de novembro de 2009

SEMANA DA CORAGEM. DE 24 A 31 DE NOVEMBRO. ANO 1. NÚMERO 38

Mãe Terezinha se dividiu em seis:
Dete
Fátima
Dora
Penha
Carmo
Abilinha
Essas seis se tornaram uma, igual à doce mãe multiplicada.
Doce mãe porque era mesmo um doce.
Pão doce, doce de abóbora, doce de cidra, chá de erva doce, a mãe Terezinha foi adoçando a alma das meninas e se alguma azeda de vez em quando é um azedinho doce.
Na casa dessas seis mulheres, a mãe Terezinha continua viva no inesquecível cheirinho de tempero de feijão, que sobe aos céus de São Miguel quando são 10 horas e o relógio da Igreja bate.
(Felicidade de um homem é feijão bem temperado à mesa e mulher destemperada na cama. Se mãe Terezinha ouvisse uma coisa dessas, mandaria as seis filhas já pra dentro)
Nunca houve destempero entre essas seis mulheres, porque a lição de mãe era a de espantar Coisa Ruim com a oração de São Miguel e prender as saias entre os joelhos quando soprasse o Vento do Mal, também chamado de Vento do Mar.
Na Casa das Sete Mulheres (porque mãe Terezinha continua entre elas) ninguém serve o pão que o diabo amassou aos que chegam cansados da vida. Muito menos água com açucar.
O pão é de Deus multiplicado e o café é mais forte que qualquer desconsolo.
Na Casa das Sete Mulheres, o medo da vida não entra. Nem o medo da morte. E a coragem não é de ranger os dentes, mas de sorrir.
Sorrindo da vida, sorrindo da morte, elas seguem o doce destino de fazer pão e fazer o bem sem olhar pra quem
.

2 comentários:

  1. Madeiras de lei moldadas por um bom Carpinteiro!

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  2. Na verdade em sete, que faltou o Júnior, que terminou tendo por madrinha a irmã mais velha, para não virar Lobisomem, reza a lenda.

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